Devido a uma imagem cada vez mais apelativa junto dos mercados nacionais e estrangeiros, fortemente relacionada com a serenidade do nosso clima e das nossas gentes, o setor do imobiliário português tem vindo a ser alvo de uma verdadeira corrida ao investimento por parte de grupos financeiros e pessoas privadas, com resultados bastante positivos para o crescimento da economia nacional.

A opinião pública, de mãos dadas com os mais variados meios de comunicação global, tem vindo a referir abertamente a excelência do nosso país e dos nossos costumes, dando origem a um aumento significativo do investimento em vários setores do mercado, com especial incidência no setor imobiliário, por ser este aquele que oferece as condições mais apelativas para aplicações financeiras com retorno seguro.

Todavia, este expansionismo comercial vivido nos últimos tempos, com os níveis de procura a suplantar largamente os níveis de oferta, tem vindo a apresentar sintomas crescentes de desordem e caos no setor, onde é visível a falta de ética profissional por parte dos “players” do mercado, conjuntamente com a falta de legislação e policiamento por parte dos órgãos reguladores deste setor.

Devido ao crescimento atabalhoado de agências imobiliárias que, aproveitando o facilitismo tão comum neste setor do negócio, enchem desordenadamente o mercado, já se si saturado, de forma libertina, sem trazerem consigo qualquer tipo de formação e qualificação profissional. Uma convergência frenética de milhares de agentes imobiliários que, de forma a obterem lucros rápidos e sem esforço, recorrem a técnicas desleais no sentido de angariar a qualquer custo para vender a qualquer preço, enredando proprietários e compradores numa perigosa teia de especulação enganosa e falsas promessas.